Os profissionais da área de saúde mental se deparam com situações que os lançam no território da dúvida acerca de qual postura tomar em suas práticas clínica e docente, tanto no campo das condutas técnicas, como, fundamentalmente, na esfera dos valores e da ética. Estas questões são objeto de pesquisa e reflexão da bioética, ciência que tem o objetivo de enfatizar que, toda prática da saúde, antes de técnica, é um ato ético que necessita ser justificado e supõe uma responsabilidade moral. Esta responsabilidade moral, está diretamente relacionada aos direitos humanos que, decorrem do reconhecimento e da legitimidade da dignidade humana de todos, independente, das diferenças de: raça, gênero, crença, nacionalidade, classe social, convicção política etc. Há muito, a Psicologia preocupa-se em não exercer práticas excludentes e discriminatórias. A fim de tentar garantir o respeito ao ser humano em sua integralidade, o CFP, 2005, aponta alguns princípios que devem reger a atuação do psicólogo: 1 - o respeito e a promoção da liberdade, da igualdade e da integridade do ser humano; 2 - responsabilidade social; 3 - criticidade quanto às relações de poder, dentre outras. Entretanto, frente ao caráter tecnicista dos cursos de Psicologia e da perspectiva banal que o sofrimento humano encarnou na contemporaneidade, será que os profissionais não estão mais a serviço da manutenção da ordem estabelecida do que a serviço de uma transformação social?
5 horas
Todos os interessados no tema e respectiva reflexão e debate sobre o mesmo
1 parcela de R$ 30,00
Virgínia da Silva Ferreira
Mestre – Doutoranda em Educação